maduro, e envelhecido, fica linhoso, pouco flexível, e menos próprio para se fazer cabos, que tenham toda a elasticidade possível, e de que a matéria é suscetível, e própria.
2.º
MODO DE FABRICAR 0S CABOS
"Os cabos ou cordas neste País se fabricam de três diferentes sortes; a mais ordinária é, como dizem, feita à mão sem adjutório da arte; e consiste a sua manipulação em que dada a grossura do cabo, que se pertende; proporcionam a grossura de três cordões, dos quais dous torcem aos poucos, emendando-lhe, quando torcem, a matéria necessária para conservar a grossura primitiva, e produzir o comprimento; formando com eles uma corda bitória; depois torcendo o terceiro cordão aos poucos, o vão introduzindo pela cocha da corda, ou pela engra da Elipse formada pelo passo do movimento revulsivo dos cordões; e desta forma continuam o trabalho até dar à corda o comprimento, que se propõem. Este método ainda que muito defeituoso, não deixa de ter sua comodidade. O defeito consiste principalmente em não se poder dar às cordas de maior grossura, ao trocer do cordões, aquela necessária precisão de torcedura que obriga a precisa união das suas partes, para evitar a separação. Neste caso perde este método por menos torcido, quando em outros métodos se nota por mais. Monsieur Muslchenbroeck, propõs se se poderia absolutamente dispensar a torcedura; mas tudo ponderado pela experiência dos fatos se achou que as cordas não torcidas não eram mais fortes, pelo menos em um espaço de tempo conveniente; e que a sua fábrica se faz mais dispendiosa, e muitas vezes impossível. Monsieur Buhamel decide que é necessário continuar no método de torcer as