e lanchas, carregadas de mantimentos para o rio Cotegipe, conseguiu o mesmo Bottas põ-los a salvo no porto do seu destino, depois de uma resistência porfiada a todo fogo, que sofreu da esquadrilha Lusitana, constante dos brigues Audaz, e Prontidão, escuna Emília, dous grandes barcos, oito canhoneiras, e alguns lanchões.
"Voltou o tenente Bottas na mesma noite para Itaparica, e os aplausos que aqui recebeu o ensoberbeceram à tal ponto, que, tentando maior temeridade no dia 23, escapou de ser aprisionado com o barco do seu comando pela predita esquadrilha, a quem foi atacar, sem atender à desproporção considerável das forças inimigas, pelas quais foi batido, conseguindo dificultosamente escapar-lhes depois de cercado, e de manter um combate desde as 8 horas da manhã até às 11 1/2, abrigando-se no ponto das Amoreiras, onde mesmo seria apresado, se não fossem batidas de terra as embarcações inimigas, pela artilharia daquele ponto, comandada pelo corajoso Galvão. Cuidou-se depois disto em aumentar o número de vasos da ilha, e, chegando do presídio do Morro outras peças conduzidas por ordem do governo, armaram-se com elas alguns barcos vindos de Valença, ocupados em transportar madeiras, servindo bem depressa esta frotilha de grande vantagem, como adiante se verá, porque já insta a cronografia se passe aos memoráveis sucessos do ano de 1823.
"Constou logo no princípio de janeiro deste ano em Itaparica, por cartas da cidade, que o General Madeira, sobremaneira irritado pelos acontecimentos que ficam referidos, havia assentado com o chefe da esquadra Portuguesa, João Felis, em acometer aquela ilha com grande força, mas, a despeito de todos os meios empregados para que este plano fosse oculto, as suas mais pequenas circunstâncias não escaparam às perspicazes indagações dos Brasileiros Antonio José de Souza, e Lazaro Manoel Muniz de Medeiros, os quais, tendo permanecido