Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

ao Mocambo, pretendendo desta maneira envolver a fortaleza de São Lourenço entre dous fogos. Comandava então esta fortaleza, desde 3 de novembro passado, o major da artilharia de posição do exército Luiz Corrêa de Moraes, por nomeação do general Labatut, sujeito todavia às ordens de Lima, já a esse tempo comandante militar da ilha, e, além da força necessária à guarnição da mesma fortaleza, onde se achavam montadas 6 peças de 36, 1 de 14, 1 de 18, e outras tantas de 12, foi logo reforçada com mais 50 praças das 71 que formavam o destacamento, que mensalmente vinha de Valença.

"Pelas 7 1/2 horas da manhã destacaram-se da mencionada esquadrilha uma barca e um lanchão, a reconhecerem os pontos, e, ao passarem pela fortaleza de S. Lourenço, sofreram da artilharia desta alguns tiros, aos quais não responderam; mas, incorporando-se depois às linhas, donde haviam saído, avançaram todos os vasos reunidos para a terra, pelas 9 horas da mesma manhã, rompendo logo um vivíssimo fogo: batia a fortaleza para ambos os lados e o mesmo faziam as baterias dos pontos, que existiam ao longo da costa daquela fortaleza, até a ponta das Amoreiras, denominados S. Pedro, Izidoro, Amoreiras pequenas, praia e ponta das Amoreiras, bem como os que se achavam ao longo da contra-costa, conhecidos por Quitanda, Fonte da bica, e engenho da Bôavista, pontos estes todos guarnecidos suficientemente, segundo o permitia o estado de cousas.

"A barca Portuguesa Constituição ou Vovó, foi a primeira a separar-se das linhas, pelo grande destroço que sofreu do fogo da fortaleza, e do barco Pedro 1.°, comandado pelo tenente Bottas, e, sem que cessasse o fogo de ambas as partes, viu se aproximar a esquadrilha de um grande escaler, que transportava o chefe de divisão João Felis o qual depois de pequena demora, e sem esperar pelo resultado da ação que vinha dirigir, retirou-se