Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

para a cidade, perto de uma hora da tarde. Consecutivamente começaram a passar para os lanchões menores, muitos soldados e maruja das embarcações maiores, afim de tentarem o desembarque, que lhes era protegido pelo incessante fogo da esquadrilha, e pelas 3 horas da tarde se dirigiram aos presídios do Mocambo e Amoreiras, avançando com mais confiança, por isso que os pontos de terra tinham suspendido o fogo ; mas reproduzindo-o com maior vigor, quando se aproximavam os lanchões, e conheciam que não perderiam muitos tiros, foi tamanho o estrago que produziram aos opugnadores, que estes se viram obrigados a retroceder às embarcações, donde tinham saltado.

"Pretenderam ainda segunda vez outro aproche, com novos reforços recebidos naquelas embarcações; mas sofrendo ainda maior derrota nesta ocasião, retiraram-se corridos, evadindo-se dificultosamente em um dos lanchões, por falta de tripulação que o vogasse, em consequência do extraordinário prejuízo que suportara. Findou este combate depois das 6 horas da tarde, e avalia-se a perda dos Portugueses, segundo notícias exatas, a perto de 200 homens entre mortos e feridos, sendo notável, que em todos os pontos da ilha não houvesse mais danos do que o ferimento do capitão Galvão, o qual, temerário em excesso, se apresentou de frente a uma das barcas, que passava pelo ponto de seu comando, provocando ao que nela iam, perdendo então a mão esquerda, por um tiro de metralha. Terceira vez tentou a esquadrilha Lusitana, durante a noite do dia 8, fazer outra surpresa à ilha, porém, pressentida pelas sentinelas dos pontos, no momento em que se aproximava à terra, e disparados alguns tiros de fuzilaria, retirou-se no dia seguinte para a cidade, para onde anteriormente havia mandado os mortos e feridos no ataque do dia 7, estrago este assaz sensível ao General Madeira, e o que poderia evitar se atendesse à que já em tempos remotos, e dominando o patriotismo contra a