Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

com a diferença de que, enquanto a raça humana se propaga, mas definha, ele diminui de número relativamente, mas cresce em tamanho e em força muscular de uma admirável maneira.

E tanto é considerado quase um ser vivo, que lhe dão os homens tais atributos de vitalidade, assim como aplicam ao homem qualidades de navio. É veloz se anda ligeiro, e se anda devagar é ronceiro, é ardente o que se chega bem depressa à linha do vento, se não cede com facilidade à impressão do vento é duro de borda, afoga-se na vaga se não flutua com presteza pelo empuxo do mar, arfa como um cisne, tem esqueleto, ossada, bochechas, costado, é garboso, elegante, lindo, ou feio, e tantos outros epítetos muito conhecidos.

Assim também a Inglaterra, protótipo de força naval, em sua linguagem faz exceção de suas regras dando animalidade e sexo ao navio, considerando fêmea o do comércio, e macho de guerra man of war.

Não nos parece fora de propósito o termo-nos estendido nessas considerações e elevado até ao navio em geral, tratando de construções indígenas, e portanto pequenas; porque esses tipos serviram