Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

para guiar o homem ao aperfeiçoamento e fatura dos grandes vasos, e specima há que navegaram, e ainda navegam grandes trechos da nossa costa, e alguns na Bahia representaram papel bem importante nas lutas da Independência, sendo que até foram armados com artilheria, e por isso considerados canhoneiras de guerra, e comandados por distintos oficiais de nossa Armada.

De todos os portos do Brasil, os do rio Amazonas e o da Bahia são os que apresentam uma fisionomia mais particular e toda original, conservando-se a tradição de suas épocas anteriores.

Assim, uma vista marítima da cidade da Bahia sem apresentar o forte de S. Marcello, um panorama de qualquer das cidades, vilas, ou povoações sem um barco, uma lancha, ou uma baleeira, ou canoa mesmo, não teria característico valor local, e perderia todo o tom original, sua própria fisionomia.

O que é fora de dúvida é que o barco e seus congêneres são tipos da navegação indígena da Bahia, e quem quer que tivesse sob os olhos uma paisagem marítima em que houvesse um barco navegando, ou fundeado, ou encalhado na praia, sem conhecê-la teria certeza de estar observando