Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

um panorama da província da Bahia, o que não acontece com outras embarcações, que pertencem a diversas províncias.

Da mesma sorte seria representar a cidade do Recife sem seu quebra-mar natural, e forte do Picão com o farol, e a jangada fora, ou mesmo uma barcaça, ou canoa de embono; a do Rio sem suas altiplanuras, quebradas e picos, ilhas, fortalezas, sem a falua, que se nacionalizou ou um barco da roça, perú; a de Belém sem uma igarité à margem do rio, ou uma montaria com o indolente índio; a de Maceió sem seu coqueiral da Pajussara, farol e uma jangada, ou barcaça.

Bahia com seus barcos, lanchas, saveiros, baleeiras, garoupeiras, jangadas, canoas, alvarengas e barcaças. Sergipe, Alagoas e Pernambuco com suas barcaças e canoas, e estas duas ainda com jangadas como o Ceará, Pará e Amazonas com suas igarités, montarias, canoas cobertas, gambarras; Rio, com falúas, perús e canoas, saveiros de carga, constituem o que há de mais saliente na arquitetura naval puramente nacional, afora a variedade de embarcações da navegação dos inúmeros rios, em que sobressaem pela forma as canoas mineiras, que descem o Araguaia e Tocantins.