Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Machos do governo* — Tábuas pregadas nos bordos, que servem para nelas trabalhar o leme, e não estragar a madeira da jangada, que é muito fraca (Alagoas, Pernambuco e Ceará).

— do leme — Peças de metal fixas no leme, ou no cadaste, que se introduzem em outros chamados fêmeas, e permitem que o leme gire, como uma porta sobre gonzos.

Mancos — Cavernas que constituem a armação da popa.

Mastaréu — Mastro superior, aos que assentam na quilha.

Mastreação — Conjunto de mastros e vergas de uma embarcação.

Mastro grande — O mastro do meio, quando a embarcação é de três, e o de ré, quando é de dous.

— * - O de vante da jangada (Bahia).

do mestre* — O de ré da jangada (Bahia).

de mezena* — O pequeno mastro da jangada, em que está envergada a vela triangular. Também chamam mastro do mestre (Bahia).

Mecha — Extremidade inferior do mastro, que encaixa em uma concavidade chamada carlinga.

Meios* — Os dous paus do centro das jangadas (Bahia até Ceará).

Mezena* - Vela armada no mastro da popa dos barcos e saveiros (Bahia) — de proa — Vela triangular içada à proa das canoas. — da popa — idem a ré (Bahia).

Mimburas* — Os dous paus extremos das jangadas (Alagoas, Pernambuco e Ceará).

Moitão — Peça de poleame. Consiste de uma peça de madeira ou de metal atravessada por um eixo, onde gira uma roldana guardada pelo exterior da caixa.

Montaria* — Canoas do Amazonas, feitas de casco e rodelas as menores; as maiores têm cavernas. Servem para caça e pesca.

Nó da cota* — Lugar da junção da ostacha com a vinhoneira (Bahia).

Orçar — Aproximar a proa da embarcação da direção do vento, ou diminuir o ângulo feito por ela com a quilha.

Orelha* - Peça de madeira em forma de semicírculo pregada