Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Nós também, alma minha, as desventuras

Bem conhecemos: — forte e esperançada

Sulcas do mundo o pranto e as vagas duras.

Que importa! A crença é tudo e a morte é nada,

E neste fundo abismo de amarguras

Uma esperança vale uma jangada.

Sendo o único meio de transporte, como já dissemos, nesse ponto, muito concorreram os jangadeiros para apressar a libertação de escravos nessa província, não se prestando absolutamente ao embarque deles, procedimento este que mereceu os louvores de todos os Brasileiros, e tornou legendária essa embarcação no Ceará.

Uma delas, a que iniciou o movimento abolicionista, denominada Jangada Libertadora, foi trazida ao Rio de Janeiro no paquete Espirito Santo acompanhada pelos jangadeiros Francisco José do Nascimento, Francisco José de Alcantara e José Felix Pereira Barbosa, onde muito se festejou nos dias 23, 24, 25 e 30 de março de 1884, e por fim foi guardada no Museu Nacional como uma relíquia histórica e preciosa.

Dentre as belas produções de diversos escritores e poetas em virtude de tão auspicioso fato, qual o da libertação de uma província, apresentamos