Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

As velas são chamadas: a de vante mezena de proa, a do centro vela grande, e a de ré mezena de ré.

Os dous bancos de vante, por onde passam os mastros em enoras, são fixos, o de ré é volante.

Divide-se o espaço entre o bico de proa e o banco do mastro grande em quatro partes, e nas três intermédias abrem-se furos para as diversas posições da amura da vela grande, conforme a mareação. Quando andam à bolina, amuram-na no primeiro furo, ao largo no segundo, e à popa no terceiro, lugar este a sota-vento, onde trabalha sempre a escota da mezena de proa.

A mezena de proa amura no bico de proa no centro, e a de ré também a meio da embarcação, ficando só a barlavento a da vela grande. A mezena de ré tem duas amuras fixas às bordas em buracos, que mantêm o respectivo punho a meio.

O mastro grande é um pouco inclinado para vante, os outros dous são verticais.

As velas são triangulares, sem rises, e cozidas nas vergas.