Seis ou oito dias antes o Chefe do ano em uma canoa embandeirada segue para a igreja afim de tratar dos negócios relativos à festa da próxima romaria, e nesse trajeto e na volta, vão tocando um pífaro e um tambor, e a tripulação de sua canoa atirando foguetes.
É isso chamado a embaixada da romaria.
Quando a das Pedreiras passa pela Gamboa para ir a Santo Antônio da Barra, esta povoação atira foguetes saudando aquela, e vice-versa, quando esta ia a Boa Viagem, pois, atualmente, vão à igreja dos Aflitos.
Em Itapagipe não há eleição para Chefe, esse título e o respectivo ramo são disputados em uma regata à vela entre o porto dos Tainheiros e a ponta da Sapoca.
Aí, depois que regressam da missa, ficam na praia dos Tainheiros à espera de cair a viração. Logo que ela se declara, eles embarcam, e ao som da música largam para a ponta da Sapoca, onde está colocada uma canoa, mandada pelo Chefe, tendo arvorada a bandeira com o ramo.
Ela é farpada e de listas. Nessa corrida fazem toda a força de vela, e empregam panos muito maiores do que os do serviço, e são precisos homens nos brandais dos três mastros.
A primeira, que alcança a canoa, folga as escotas, recebe a bandeira, e vira de bordo em demanda do porto, acompanhada das outras. Essa vitória é quase sempre motivo de muito barulho.
Chegados em terra o Chefe vencedor manda dar vinho à tripulação, e ele de garrafa em punho, também bebe, e atira o resto dentro da canoa, batiza com vinho, como dizem. Leva ela fundeada durante três dias com uma bandeira azul içada como prova de haver vencido a regata.