No belo poema de Botelho de Oliveira dedicado à ilha da Maré (16)Nota do Autor há o seguinte curioso trecho, que merece ser lembrado:
Por um e outro lado
Vários lenhos se vem no mar salgado;
Uns vão buscando da cidade a via,
Outros delas se vão com alegria;
E na desigual ordem
Consiste a formosura na desordem.
Os pobres pescadores em saveiros,
Em canoas ligeiros,
Fazem com tanto abalo
Do trabalho marítimo regalo;
Uns as redes estendem,
E vários peixes por pequenos prendem;
Que até nos peixes com verdade pura
Ser pequeno no Munho é desventura:
Outros no anzol fiados
Tem aos míseros peixes enganados,
Que sempre da vil isca cobiçosos
Perdem a própria vida por gulosos.
Na província do Rio de Janeiro o processo da construção apresenta algumas pequenas diferenças.
Derrubado o pau, o falquejam com machado, dando-lhe a forma de um paralelepípedo, e depois