Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

com os tamoios, nos muitos combates, que se deram entre os portugueses e eles, auxiliados uns e outros por índios. (18)Nota do Autor

Um deles foi classificado, na época, de milagroso, e deu motivo a uma chamada festa das canoas, a qual teve ainda lugar em 1713, segundo Fr. Agostinho de Santa Maria. (19)Nota do Autor
O fato deu-se em meados de julho de 1566. Eram 180 canoas bem armadas guiadas por franceses, 100 das quais capitaneadas pelo índio Guaixará, senhor de Cabo Frio, e estavam escondidas por detrás de uma ponta de terra, talvez a do Calabouço, ou a do morro da Viúva.

Destacou-se um pequeno número delas para atacar a povoação portuguesa, donde havia saído uma, em que ia um mordomo de S. Sebastião em procura de madeira para a obra de sua igreja. Cercaram-na, e pelejaram, à vista do que o capitão-mor meteu-se com sua gente em quatro canoas, que pôde reunir, (porque as outras estavam fora) e foi acometer o inimigo, que fingiu temer, e fugiu, para atraí-los ao lugar do grosso da força, o que realmente aconteceu.