Esta palavra parece ser de origem brasileira; pois os dicionários da língua indígena tupi e guarani não a dão com significação de canoa, e sim da uva; ou ubã e ubang, fôrro, tapume, cobertura, ou veste (Montoya e Baptista, Caetano). Gonçalves Dias não a menciona.
No dicionário de Eduardo de Faria, único que a dá, acha-se:
Ubá s. f. (t. do Brasil) canoa de casca de pau, com três braças de comprimento e meia de largura, atracadas as extremidades com cipós em feição de popa e proa, deixando no meio uma concavidade de pouco mais de duas polegadas.
Ela também significa "cana brava, que dá frecha, usada para gradar casas de taipa de sebe, e rachada para fachos de alumiar". (E. de Faria).
Também não é palavra moderna, autores antigos falam dessa embarcação:
A ubá não é mais que o tronco de alguma árvore excalvado simplesmente, ou mediante o fogo, ou pelo uso das ferramentas, quando as há, explanando-se-lhe um dos dous topos, para servir de rodela da popa, e aguçando-se-lhe o outro, para talhamar de proa. As ubás dos Gentios são de duas sortes; por que ou são os troncos escavados, ou meras cascas dos paus, que ele despem a seu jeito.