passamos de largo na Campanha Cisplatina em que fomos tristemente derrotados.
O meu ponto de vista seria modificar o tema: Passar de largo sobre as nossas vitórias do Paraguai, e estudar em detalhe as nossas derrotas, a fim de evitar outras, sempre contingentes, para o futuro.
Leio na fisionomia de alguns daqueles que me escutam a dúvida a respeito do que afirmei, com relação à nossa derrota na Campanha Cisplatina, e desejo esclarecer essa dúvida: A guerra é um estado de oposição entre duas vontades coletivas. As operações militares são os choques entre essas duas vontades, cada uma tendendo a submeter a outra.
No caso da Campanha Cisplatina, a nossa vontade seria não dar a independência ao Uruguai. Para manter a sua submissão foi que lutamos. Se eles ficaram independentes, venceram.
É preciso convir, porém, em que a habilidade política dos próceres uruguaios evitou a vitória Argentina. Entre o Brasil e a Argentina houve um tremendo empate político, senão militar; mas entre Brasil, Uruguai e Argentina, houve um país vitorioso: foi o Uruguai, cuja vontade coletiva ficou satisfeita.
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Para se bem compreender as causas gerais da guerra que tivemos com a Cisplatina e com Buenos Aires (como se dizia então), é indispensável que nos reportemos à evolução humana moderna, após a desagregação católica. Essa desagregação foi que nos trouxe a formação das grandes pátrias como consequência natural da ausência de acatamento universal ao poder do papado.
Só a sociologia dinâmica pode bem esclarecer, pelas leis especiais de evolução, o que foi o passado, senão para