História da Guerra Cisplatina

ao trono. Ainda antes de matricular-se na Academia Militar, em 1823, esteve no combate de Las Piedras, o que lhe valeu a ascensão ao posto de Tenente. Era ajudante de Lecor, quando seu pai, a 21 de novembro de 1824, morreu envenenado, em Montevidéu. O Brigadeiro Manuel Marques Sousa (2º), filho do Tenente General do mesmo nome, nascera também no Rio Grande em 1780 e era veterano das campanhas de 1801, 1811-12, 1816-20 e 1823-24, a primeira do Rio Grande do Sul, as outras no Uruguai, onde acabou seus dias como comandante da cavalaria brasileira, tendo sido o vencedor de Chafalote (24-9-1816), da Índia Muerta (19-11-1816) e de Paso de la Arena (8-10-1819).

Voltemos ao Conde de Porto Alegre.

Declarada a revolução Cisplatina (19-4-1825), voltou ao Rio Grande do Sul, incorporando-se às forças da primeira divisão (Sebastião Barreto Pereira Pinto), sob cujas ordens se bateu e se distinguiu no Passo do Rosário, pelo que foi logo depois promovido a capitão do Exército brasileiro. Transferido, mais tarde, para o 4º Regimento de Cavalaria, teve o posto de Major. Durante a revolução farroupilha, serviu sempre à legalidade, distinguindo-se no combate dado aos rebeldes. Feito prisioneiro a 7-4-1836, perto de Pelotas, foi levado para o navio-prisão "Presiganga" que estava ao largo, no rio Guaíba, e onde vários de seus companheiros faleceram. Principal fautor da reação de 16-6-1836, fez reentrar a capital (Porto Alegre) no regime da legalidade e foi dos chefes na sua defesa. Efetivado no posto de Major a 18-11-1837, seguiu para a Corte, a fim de tratar-se, seguindo mesmo para a Europa com esse objetivo. De volta, Tenente-Coronel por decreto de 20-8-1838, assumiu o comando do 3º Regimento de Cavalaria e logo foi Coronel Comandante do mesmo, passando a distinguir-se na luta contra os farroupilhas. Em 1845 foi o oficial escolhido para levar a

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