História da Guerra Cisplatina

O Uruguai a princípio subordinou-se à Junta diretiva ou governativa de Buenos Aires. Bem cedo, porém, Artigas sonhou com um estado independente que tivesse como capital a sua cidade natal, Montevidéu, estado esse que se deveria constituir do atual Uruguai, do Rio Grande do Sul e das províncias argentinas de Entre Rios, Corrientes e Missões.

Começou Artigas por rebelar-se contra os espanhóis, e vencê-los. Teve depois que vencer os argentinos, que se opunham aos seus sonhos de liberdade para uma província que devia ser, segundo pensavam os portenhos, confederada apenas, não independente.

Mas Artigas venceu os argentinos, como vencera os espanhóis. À batalha de Las Piedras pôde ele juntar no rol de suas vitórias a batalha de Guaiabos.

Restava um inimigo a vencer: Portugal, mas Portugal com sua nova sede de governo no Rio de Janeiro.

Contra esse inimigo, Artigas não pôde.

Sete longos anos lutou o libertador, o caudilho admirável, o sonhador excelente; mas acabou sendo vencido, depois de Catalan e de Taquarembó.

A Cisplatina ficou sendo portuguesa, e governada por um capitão-general, Lecor, Visconde da Laguna, que tão enérgico e firme se mostra na campanha contra Artigas, quanto fraco e indeciso na guerra de 1825-28.

Envelhecera na alma como nos anos que o calendário mede? Talvez...

Talvez também a vontade de D. Pedro fosse menos tenaz do que a de D. João VI!?

Essas causas psíquicas não interessam à nossa história. Por isso passamos desde logo a outro assunto.

História da Guerra Cisplatina - Página 31 - Thumb Visualização
Formato
Texto