em 1750. Essa paz constitui o célebre tratado de Madrid, que prolonga o estado de incerteza, na posse da Colônia do Sacramento, conservada até aí à custa de generoso e abundante sangue.
Pelo tratado de 1750 a Colônia do Sacramento passa a pertencer à Espanha. Esta, em compensação, dá a Portugal o território das Missões de aquém Uruguai, com os Sete Povos (Santo Ângelo, São Miguel, São João, São Nicolau, São Luís Gonzaga, São Lourenço e São Borja).
Com dois pontos de formação urbana, Montevidéu e Colônia, e logo depois com Maldonado e São Carlos, uma população de origem espanhola se enraizava no futuro território da República Oriental do Uruguai.
Entretanto, pelo tratado de 13 de janeiro de 1750, o rio Ibicuí constituía separação entre os reinos de Espanha e Portugal, nesta parte da América.
Comissão de demarcadores, formada de militares dos dois reinos, veio colocar marcos na linha divisória.
Levados, porém, pela palavra dos jesuítas espanhóis, os guaranis das Missões se rebelaram contra o tratado, no desejo de continuarem a ser súditos do rei de Espanha.
O jesuíta Altamirano veio expressamente, encarregado pelo Geral inaciano, para fazer que as ordens régias fossem acatadas. Altamirano, porém, foi mal recebido pelos índios e, com medo de um desacato pessoal, fugiu.
Tal demonstração de fraqueza incendiou o ânimo dos insurretos que, chefiados pelo cacique Nicolau Languiru, resistiram, à força mesmo, às ordens emanadas das cortes europeias no tocante à situação do território missioneiro.
Somente dois anos mais tarde, a 1º de setembro de 1752, recomeçaram as demarcações interrompidas.
Encontraram-se, então, Gomes Freire de Andrade e o vice-rei Valdelírios, e o trabalho de demarcação e sinalização pelos marcos divisórios se inicia, logo continuado pelos sucessores dos vice-reis, os comandantes Cardoso de