História da Guerra Cisplatina

esteve logo pronto para agir, dando pouca despesa para os cofres públicos.

Mas o mais admirável em tudo foi a ação de chefes arvorados, como Borges do Canto, Gabriel Ribeiro de Almeida, Almeida Lara e Santos Pedroso, que, acompanhados de algumas dezenas de homens, fizeram a conquista das Missões de aquém Uruguai de forma quase incruenta, e sem perderem nenhum soldado.

Quase que se poderia dizer que foi a conquista mais venturosa de quantas a história apresenta nos seus anais.

Marques de Sousa, por sua vez, marchou para o Sul, sobre a fortaleza do Serro Largo, que logo se rendeu, também sem grande luta.

Com apenas escaramuças e pequenos combates (o de 23 de novembro, entre outros), finda a guerra que também ficou quase única na história da América.

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Nesse tempo já várias póvoas se haviam formado no Uruguai, com a predominância muito sensível do elemento espanhol. Apenas na campanha, e nas proximidades da fronteira, havia a mescla do brasileiro com o charrua e o guarani.

As lutas constantes, ou intermitentes, facilitavam a mistura do sangue da orla litorânea e ribeirinha com o elemento do interior, e assim se formou o crioulo do Uruguai com todas as suas notáveis características que o tornavam capaz de sentir a pátria nascente.

Submetido à Espanha continuou o Uruguai até que surgisse, em 1810, a declaratória de Tucuman, pela qual as Províncias que constituíam o vice-reinado do Prata declaravam-se independentes da Metrópole, embora fiéis a Fernando VII.

Como já foi dito, as Províncias do Rio da Prata constituíam quatro grandes blocos nacionais com grupamentos

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