História da Guerra Cisplatina

urbanos capazes de se transformar, se já não eram, em verdadeiras capitais. Buenos Aires (Argentina), o Alto Peru (Bolívia), Assunção (Paraguai) e a Banda Oriental (Uruguai) eram os elementos a confederar, se fosse possível naquelas circunstâncias.

Tomou a si o governo de Assunção um filho de brasileiro, Dr. Gaspar Rodrigues de Francia, homem eminente, embora misantropo e taciturno, como outros grandes estadistas. Desde logo Francia declarou-se desligado das Províncias Unidas do antigo vice-reinado, não se submetendo à junta governativa de Buenos Aires.

Debalde Belgrano tentou submeter o Paraguai.

Saindo de Curuzú Cuatiá esse chefe argentino, vitorioso embora em seus dois primeiros encontros com as forças de Francia (em Campichuelo e Itapuá), foi batido completamente em Paraguari a 26 de julho de 1810 pelo General paraguaio Cabañas e logo destroçado, com os restos de suas forças desfeitas, junto à fronteira paraguaio-argentina, em Taquari.

Francia impôs um armistício a Belgrano, armistício esse que se transformou logo no tratado de 1812, pelo qual Buenos Aires reconhecia o Paraguai como país independente.

A Bolívia teve Sucre, general de Bolívar, como seu primeiro governador, e foi por ele dirigida no melhor sentido.

Montevidéu, porém, continuou, nas mãos do vice-rei Elio, como oásis de fidelidade espanhola na América.

A junta de Buenos Aires pensou em forçar a mão.

Elio, desamparado da Europa, pediu a intervenção de D. Carlota Joaquina, como princesa espanhola que era e como irmã do rei.

Quando D. João, depois de muita relutância, vencido pela insistência de D. Carlota Joaquina, decide preparar forças para a guerra de Montevidéu, já Artigas se

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