História da Guerra Cisplatina

Outra vai a Serro Largo, cruza pelo Salto e Paissandu e converge com a outra na direção de Montevidéu, seguindo a curva do rio Uruguai.

Assim como a invasão fora determinada por manejo político da junta de Buenos Aires, também a retirada teve essa causa. As forças brasileiras e portuguesas voltaram ao Rio Grande de sua curta campanha sem terem tido senão insignificantes encontros.

Tal foi a guerra de Artigas em 1812.

Buenos Aires logo depois, com um exército que Alvear comanda, ataca Montevidéu. A praça cede a 23 de junho de 1814 e fica instalada a Província Oriental do Rio da Prata.

A vitória portenha, porém, teve duração efêmera. Dorrego, batido por Artigas em Guaiabos, é obrigado a abandonar Montevidéu, que o Libertador volta a ocupar a 27 de fevereiro de 1815.

Soubesse Artigas manejar os bastidores da política sul-americana, fosse mais diplomata e menos sonhador como soldado, estaria garantida a emancipação do Uruguai desde 1815.

D. João VI, porém, esperava sinal da junta de Buenos Aires e, assim que o recebeu, nova invasão teve lugar, sendo pretexto dela os atentados contra os súditos de S. M. católica na linha do Quaraí.

O General Lecor teve ordem de avançar. Movimenta-se desde Santa Catarina, em cinco colunas convergentes:

1ª coluna - Lecor - Marcha pelo litoral para Maldonado, Montevidéu e Colônia.

2ª coluna - Bernardo da Silveira - Marcha sobre Serro Largo, depois Rio Negro até Rio Uruguai (800 homens).

3ª coluna - Brigadeiro Oliveira - Estaciona no Salto. Suas forças são milicianas da legião de São Paulo, de Curitiba e de Santa Catarina.

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