História da Guerra Cisplatina

um povo com ideia de unidade e com sentimento de pátria. Essa é a sua maior glória.

Conseguiu, lutando, amalgamar espanhóis e crioulos, charruas e portugueses e guaranis, formando entre correrias, como se voltasse ao nomadismo primitivo, um povo de guerreiros para o qual nenhum esforço era excessivo, e nenhum sofrimento invencível.

As vitórias obtidas contra Artigas determinaram uma intensificação de operações. O General Marquês de Alegrete, que assume o comando das forças luso-brasileiras, distribui as suas ordens desde o fim desse ano de 1816.

Artigas, cansado e envelhecido, não comandava mais pessoalmente. Foi um seu tenente, Latorre, quem, a 1º de janeiro de 1817, pensou atacar a retaguarda do Exército luso-brasileiro estacionado próximo ao arroio Catalan, quase na atual fronteira Uruguai-Brasil.

Abreu, que devia ser atacado e sente o movimento do inimigo, manda avisar o Marquês de Alegrete que intervém na batalha.

Catalan é ação entre três mil uruguaios de Artigas e 2.400 luso-brasileiros sob o comando do Marquês de Alegrete. Não passa de uma batalha frontal: A esquerda firma-se em defensiva sob o comando do Coronel Curado, enquanto a direita, com os dragões do Rio Pardo, esquadrões da Legião de São Paulo, voluntários reais das milícias de Curitiba, ataca e envolve o inimigo.

Relativamente fácil foi a obtenção dessa vitória.

Enquanto Latorre é batido em Catalan. Frutuoso Rivera, outro tenente de Artigas, o é também em Índia Muerta.

Depois destas vitórias os caminhos ficam abertos para Montevidéu, e por eles Lecor avança até a capital.

Atacada por terra, pelas forças de Lecor; atacada por mar, por esquadra vinda do Rio para bloquear a praça, Montevidéu não pôde resistir e foi reocupada a 20 de

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