Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume IV

dourada pinha nas ilhas Canárias, no arquipélago das Caraíbas, no Rio da Prata, em S. Domingos, onde havia as maiores e mais gostosas, e no Brasil onde se achavam duas espécies. As bananeiras receberam do mesmo autor larga referência, de que daremos apenas ligeiro resumo. É curioso notar nos muitos nomes desta planta ocorridos em Dapper, onde se lê que os holandeses a designavam por Baccoven (e pronunciavam Paccoven) e Banana; aduzindo Barbot, "to distinguish the two species thereof". A primeira tinha provavelmente origem americana, conhecida entre os ingleses por Plantan, de frutos mais compridos que os da segunda, "about eight inches long, and the Banana not about six", o que vem em abono dos partidários da coexistência simultânea das espécies nos dois continentes antes de qualquer intercâmbio entre eles. Por isso Piso se viu na obrigação de citar o nome que os portugueses davam à brasileira, seguindo a terminologia indígena, "Lusitam fructus Pacoba, Brasiliane Pacobeté nominant", e lembrava que Serápio e Avicena, às africanas e asiáticas, musas denominavam. Na descrição da planta e fruto, o sábio estabelece a diferença entre as várias qualidades da mesma espécie, "Banana; at turbinatum illud, floriferum & odoriferum corpus paulus minus est, & flores parum differunt: estque floris scapus, non instar scapbae, sed rectus, attamen cavos, fructus etiam haud multum diferunt á Pacoeira, sed minus crassi, verum longiores & incurvati".

Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume IV  - Página 20 - Thumb Visualização
Formato
Texto