Os portugueses muito religiosos, recusavam-se cortar quaisquer dos frutos quando neles vislumbravam o símbolo da religião cristã, desenhada por fibras mais sólidas sobre o miolo restante, explicando Barbot: "but break or bite them, thinking they cannot cut them with a knife or other tool, without losing the veneration, they bear to the cros"(3). Nota do Autor
O algodão vicejou perfeitamente na Ilha de S. Tomé, onde, ao que parece, os portugueses plantaram em primeiro lugar as sementes trazidas do Brasil. Dali passou para o reino de Benim, onde deu igualmente bom resultado. Em ambas regiões começaram os indígenas a fiar panos, remetidos em quantidade para Angola, sendo melhores os segundos, fosse pela matéria-prima, fosse pelo acabamento. Nas outras aplicações, rivalizava com o nativo capoc, existente nas vizinhanças das tribos, e que era mais fácil de aproveitar que a nossa paina. Acontecia pois com o algodão o mesmo que sucedeu ao cacau, tão bem-sucedido em S. Tomé, onde as sementes vindas da América se aclimaram do modo mais auspicioso,