Os óleos vegetais assumiam o aspecto de réplica africana do urucu ou jenipapo brasileiros empregados no mesmo fim, e toda casta de outras plantas remetidas para o Brasil, tiveram as mesmas aplicações pois os cultivadores seguiam-nas através do oceano. Torna-se daí muito interessante observar os métodos de cultivo das tribos negras. No volume consagrado à etnologia da expedição portuguesa ao Muatianvua, região de onde outrora se mandavam levas de cativos para o Brasil, o major Enrique Dias de Carvalho notava que a lavoura competia quase somente às mulheres. "Depois de limpo o terreno", escrevia, "as raparigas fazem uma cova geral a começar de um lado, estendendo-se em toda a largura que se quer dar a um talhão. Se tratam de semear jingula, milho ou feijão, no primeiro dia o potentado (o soba ou sova de que fala Barbot) e depois seus tuxalapólis, muari e servas mais consideradas, levando em um pequeno sacco de mabela ou no regaço do panno que vestem uma porção de semente, com o pé direito affastam a terra para os lados a fazer uma pequena cova, e com a mão direita deixam cahir nella tres ou quatro das sementes, e com o mesmo pé tornam a ajuntar a terra afastada, cobrindo aquellas, calcando-a por ultimo uma só vez, e seguem para a frente a fazer o mesmo numa distancia de dois pequenos passos. Se querem plantar mandioca, trazem então feixes de troncos já cortados de 0.m30 a 0.m40, com uma das pontas aguçadas, as mulheres abrem covas com as machadas,