a fatalidade que os verga aos imperativos da força sobreposta ao direito, sem a qual não poderão reinar. De uma feita invadem a vida privada dos cidadãos, investigando se são casados ou solteiros, se têm filhos ou não, se econômicos ou perdulários; de outra, roubam-lhes a herança se esqueceram de testar, ou não o tenham podido fazer em tempo. Simultaneamente descambam num torvelinho de despesas e de impostos, de decretos e de compressões, que no fim de certo espaço tornam a existência do povo intolerável. Todo governante absoluto, por bem intencionado que seja, acaba prisioneiro do regime que adotou. O esforço que despende para agradar às massas populares, e aos que detêm a força armada, acarreta a hipertrofia do sistema político numa proporção sem limites, a semear ruínas atrás de si. Até hoje não houve exceção à regra, e duvidamos que possa haver. Vemos na crônica de Portugal, onde mais interessante se nos afigura joeirar exemplos, um soberano como D. José I, que prometia na aclamação