a dez léguas do Recife. Tem 13 engenhos que produzem anualmente grande quantidade de assucar"; a que se seguia Sirinhaém com 12; S. Gonçalo de Una com cinco; e por fim Porto Calvo; e as duas Alagoas do norte e do sul, produtoras de gado e tabaco.
Voltando à Olinda, temos a rua Nova com a igreja principal e as melhores residências. Mais abaixo a de S. Lourenço, com as suas "logeas colmadas de mercadorias do reino", e os donos à porta discutindo negócios, ou esmiuçando alguma heresia digna de ser comunicada ao Santo Ofício. Outras ruas ferviam de atividade, como a rua do Rocha ou de Janafonço, que davam à antiga vila de Duarte Coelho o aspecto de rica, próspera, invejada pela própria Bahia, no momento em que sobre ela desabaram os invasores. Nos colégios, educavam-se os jovens a exemplo dos fidalgos, que no reino procuravam imitar os príncipes de sangue. Aprendiam os pernambucanos sob as vistas de mestres; muitos dos quais podiam exibir bons constados de nobreza; a assimilar o espírito lusitano, que mais tarde serviu de anteparo contra o belga. Língua, religião, costumes, orgulho, erguiam-se contra as tentativas do adversário, justificando a opinião de Barleus, de que só pela mais violenta das compressões, suportavam os brasileiros a presença dos holandeses.
No lar, continuavam a receber a tradição ibero-europeia, quando os pais ao depois da vida diuturna,