davam-se, modificavam-se e se tornavam muitas vezes aptos ao serviço da república colonial. Outros avessos a sacrifícios, prosseguiam como estavam, sem concerto possível. Vimos linhas adiante, ainda em épocas da maior religiosidade, quando mais uníssono se mostrava o meio, e predominava rigorosa moral cristã, a presença de espíritos rebeldes, mal dispostos ou indiferentes, que desprezavam os preceitos religiosos. Contra esse vezo, atribuído a falhas da primeira educação, embalde se esforçavam os guias espirituais da coletividade sob a tradição luso católica. Daí, surgiam os inevitáveis contrastes da história, em que temos de um lado, os coloniais tão fieis à igreja e reverentes a S. M. como os mais puros reinóis, ao passo que os religiosos promotores desse procedimento, aluíam na Europa a obediência ao trono com os relatos dos seus trabalhos na América. Os filhos dos senhores de engenho, sentiam com o tempo a idade vencer-lhes os defeitos, tornando-se de insubordinados aos mestres, homens tranquilos e indiferentes à paisagem que os cercava, enfadados da selva e dos seus habitantes. Na outra margem do oceano a polida mocidade dos colégios que era o orgulho da civilização europeia, apaixonava-se pelas lições das Cartas Edificantes, supondo com exaltação crescente existir um gentio feliz, longe de uma organização absurda, simbolizada pela monarquia absoluta. No seu entender, era preciso em nome da