General Juan Manuel Pando, cujo exército sitiam em Puerto Rico, no Tahuamanu.
O Peru sucede à Bolívia no flanco brasileiro, do sul para o norte. É a mais extensa fronteira - 2.995,272 km — começando na foz do Iaverija, no rio Acre, e terminando no Solimões, próximo de Tabatinga, na foz do Santo Antônio. Parte dessa divisa corre pelo curso do Javari — o rio martirizante - cuja exploração desafiou as vontades mais fortes, dando causa a ingentes sacrifícios humanos do Brasil, do Peru e da Bolívia. Quando da revolução do Acre, e mesmo depois dela, houve encontros armados entre fronteiros do Brasil e do Peru, no rio Breu. O litígio territorial entre o Peru e a Bolívia, versando sobre a mais vasta área jamais discutida entre Estados — 720 mil quilômetros quadrados —, também envolveu o Brasil, uma vez que parte das pretensões peruanas era em terras do Amazonas. O laudo arbitral do Presidente da Argentina solucionou a questão definitivamente.
Depois é a Colômbia com 1.664,18 km na fronteira do Brasil, a partir do Solimões e a entroncar na pedra de Cucuí, no rio Negro, seguindo por zonas pouco habitadas quer de um e quer de outro lado da divisória. Nenhum litígio entre os dois Estados. Mesmo no curso das questões da Colômbia com o Peru e o Equador, ambas em razão de terras limítrofes ao Brasil, este se manteve alheio às divergências numa discrição exemplar.
Fronteira com a Venezuela: 2.199,267 km. Início na pedra de Cucuí, no rio Negro; fim no monte Roraima. Idem quanto à Colômbia: nenhum litígio com importância a deslindar.
A divisa com a Guiana Inglesa começa no monte Roraima, onde termina a fronteira com a Venezuela, e segue até a serra Tumucumaque onde tem início a raia com a Guiana Holandesa ou Suriname (1.605,8 km). Esse um dos trechos de mais difícil deslindamento