Fronteiras e fronteiros

Dentro da lógica dos fatos, pois, não existe uma explicação plausível para a ascenção de Rio Branco do posto de Cônsul-Geral numa cidade inglesa como Liverpool para o de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário em Missão Especial na capital dos Estados Unidos.

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Vale relembrar, nesta altura, que a questão territorial com a Argentina havia percorrido todos os trâmites normais, desde o Tratado do Paraná, firmado pelo então Deputado José Maria da Silva Paranhos (pai), em 14 de dezembro de 1857, que não teve ratificação, até o que em Buenos Aires, a 25 de janeiro de 1890, assinou Quintino Bocaiúva, dividindo entre os dois países o território em litígio, e que foi rejeitado pela Câmara dos Deputados do Brasil pela significativa votação de 142 votos contra apenas cinco.

Voltara-se, portanto, ao regime do arbitramento combinado pelo Tratado de 7 de setembro de 1889.

No Barão Aguiar de Andrade, diplomata de carreira desde a Monarquia, recaiu a nomeação de chefe da Missão Especial incumbida da defesa dos direitos brasileiros junto a Glover Cleveland, e que fora Segundo Comissário nas negociações levadas a termo por Quintino Bocaiúva em 1890.

No General Dionísio de Cerqueira que como deputado havia redigido o parecer à Câmara do qual resultara a regeição do Tratado Quintino-Zeballos, e que como demarcador estudara o território em litígio, coube a nomeação de Segundo Comissário.

Ambos decretos de nomeação foram datados de 30 de abril de 1892.

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