Em começo do ano seguinte os dois comissários entregaram as respectivas credenciais e puseram-se a trabalhar.
A 28 de março, porém, ocorreu o falecimento em Nova York do Barão Aguiar de Andrade, assumindo interinamente a chefia da Missão o General Dionísio de Cerqueira, que se esperava fosse efetivado no cargo.
A realidade, entanto, é que não parece que o Governo da República, em mãos de Floriano Peixoto, haja pensado nisso ou hesitado entre outros nomes que se tenham apresentado à sucessão do velho diplomata Aguiar de Andrade, uma vez que, tendo ocorrido seu falecimento a 28 de março, logo a 5 de abril era publicado o decreto de nomeação de José Maria da Silva Paranhos do Rio Branco, Cônsul-Geral em Liverpool.
Sabendo-se o desconhecimento, no Brasil, da figura do novo advogado para os interesses nacionais em Washington, ademais tudo mero agente comercial como eram tratados os cônsules pelos diplomatas, pode-se imaginar a surpresa que terá causado essa nomeação, e não apenas a surpresa porque também a oposição.
O menos que se disse, na ocasião, é que Floriano Peixoto deixara-se levar pela amizade que votaria ao antigo colega na Escola Militar e companheiro dileto no surto jacobinista que agitara as ruas do Rio de Janeiro em meados do século.
A verdade, porém, é que a escolha que fez o Presidente da República não obedeceu a nenhum sentimento pessoal, mas somente o de confiar a causa em lide a quem estivesse na altura das circunstâncias, sem atender a prejuízos de qualquer ordem, surdo às intrigas e às solicitações que lhe chegaram.
É aqui que ocorre perguntar como Floriano Peixoto chegou ao conhecimento do mérito do Barão de Rio Branco, ausente do Brasil havia 17 anos, no desempenho