que então era editado no Rio de Janeiro, de 16 do mesmo mês.
Já no dia 19 telegrafava a Souza Corrêa, ministro brasileiro em Londres, pedindo explicações; oficiava ao seu colega da Marinha sugerindo a ida de navio de guerra à ilha para verificar o que houvesse de real; aos ministros da Justiça, Fazenda e Guerra solicitava elementos que o habilitassem a demonstrar à Legação Inglesa a soberania brasileira sobre a Trindade; dirige-se diretamente ao diretor do Arquivo Público pedindo-lhe os documentos existentes na repartição sobre os direitos do Brasil à ilha ocupada; telegrafou à legação brasileira em Lisboa ordenando a remessa do que lá houvesse sobre o assunto; e pôs-se em comunicação com o Presidente do Estado do Espírito Santo, a cuja jurisdição pertencia à ilha, para poder demonstrar que a mesma não era território abandonado... Na mesma data avista-se com o Ministro Plenipotenciário de Sua Majestade a Rainha Vitória, Constantino Phipps, interpelando-o sobre a notícia veiculada pela imprensa, ouvindo a resposta de que a mesma não lhe parecia destituída de fundamento...
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A ilha da Trindade, igualmente como a de Fernando de Noronha, é um prolongamento do território nacional. Descoberta em 1501 por navegante português - João da Nova -, então ao serviço da Coroa, foi desde logo incorporada às suas possessões americanas e como tal sempre foi considerada, figurando assim em todos os tratados ou que nome tiveram os ajustes internacionais do tempo.
Referem velhas crônicas que em 1539, Dom João III, de Portugal, doou-a, e à de Martim Vaz, que lhe fica próxima, a Belchior Camacho, sob a condição de cultivar-lhes