para ir à Trindade retirar os sinais da ocupação daquela ilha...
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Não há dúvida alguma que o Marquês de Salisbury aceitou satisfeito a mediação de Portugal no conflito por sentir que lhe faltavam razões com as quais pudesse justificar ao mundo a ocupação da ilha da Trindade.
Mas não há duvida, igualmente, que tudo havia envidado, até então, para encontrar essas razões, ora argumentando, ora sofismando, sofismando mais do que argumentando.
Por curioso vale que se conheça um dos argumentos — argumento ou sofisma — do Marquês de Salisbury, contido no despacho que a 16 de novembro de 1895 endereçou ao representante inglês no Rio de Janeiro, para que dele desse conhecimento ao governo do Brasil:
"Onde por condições naturais a commodidade e os interesses de vastas populações dependem de se dar a um lugar da superfície da terra o uso para o qual tem especial e singular aptidão, é levar muito longe o direito de soberania o dizer que os donos desse lugar da terra terão o direito de declarar que não se lhe dará aquele uso em nenhumas condições e de retirá-lo do serviço da humanidade...".
E como complemento dessa premissa alarmante informar que a ocupação da ilha da Trindade o foi, segundo o dito Marquês de Salisbury, para "facilitar a comunicação telegráfica do mundo", uma vez que se projetava no Brasil "tomar compulsoriamente conta dos cabos lançados ao longo da costa brasileira pela companhia