Fronteiras e fronteiros

e da Societé de Geographie, irlandês, Warden, aproveitando um erro de impressão de Barreto, e intercalando uma latitude falsa na Corographia Brazilica, de Ayres de Casal, afirmou que era de 1° 30' Norte a latitude do rio-fronteira de Utrecht. Seria, pois, o Araguari...

Em 4 de abril de 1834, foi lido na Société de Geographie o relatório de Leprieur. Fez época, e chamou a atenção de um funcionário superior do ministério da marinha e das colônias, cientista de alto valor, cujo nome se celebrizou no pleito, d'Avezac...

Warden, em novembro do mesmo ano, em novo livro, afirmou terem os franceses demonstrado que os limites, em 1713, eram o rio IapocNota do Revisor, ou Vicente Pinzon, a N. O.Nota do Revisor do cabo Norte, o Araguari, e uma paralela ao Amazonas, mas que a posição vantajosa se apresentaria traçando a divisa pelo meio do Amazonas, o Negro, o Branco e o Tacutu...

E a 31 de março de 1835, o Journal de la Marine publicava uma carta da Guiana, dando o nome de Yapoc ou Vicente Pinzon a um riacho a N. O. do cabo Norte...

Isso quer dizer, noutras palavras, que somente na costa do Atlântico haveria uma deslocação da fronteira superior a 200 km, no sentido Norte-Sul, porque baixaria de 4° 10' para 1° 2' de latitude norte.

A divisa pelo interior seria riscada dessa posição de 1° 2' pelo curso do Araguari até suas nascentes na serra Tumucumaque, de onde desceria para sudoeste até encontrar a confluência dos rios Negro e Branco, na extensão linear de 1.200 km, enquadrando as Guianas holandesa e inglesa em toda a extensão dos respectivos limites meridionais. Era quase o desaparecimento da Guiana Brasileira, antiga Guiana Portuguesa, a vasta região ao norte do rio Amazonas. Nada menos de 260 mil quilômetros quadrados de terras que seriam incorporadas à França e riscadas da carta dos domínios do Brasil.

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