Fronteiras e fronteiros

Para diante surgiria a hipótese de outra divisa, mais meridional do que a precedente, porque correndo pelo meio do Amazonas, do Negro, do Branco e Tacutu.

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A fixação dos franceses no extremo norte teve lugar no começo do século XVII, quando foram expulsos da Capitania do Maranhão, que haviam crismado pomposamente de França Equinocial.

A região estava a bem dizer em completo abandono, desde a foz do Orinoco até à foz do Amazonas. Espanhóis e portugueses, holandeses e ingleses, haviam-na palmilhado, construindo feitorias e fortins, mas tudo abandonando dentro de curto prazo.

Assim foi que os franceses, para fundação de Caiena, na parte mais oriental da região, não encontraram empecilhos de qualquer gênero. Nem para a fundação e nem para seu desenvolvimento no curso do século XVII.

Já no começo da centúria seguinte "era Caiena o principal centro da invasão francesa na bacia do Amazonas".

Quando o futuro João VI mandou invadir a Guiana, em 1809, por Manoel Marques D'Elvas Portugal e James Jeo, contava ela com organização completa, quer administrativa, quer militar.

É com sua devolução à França, em 1817, que se tornam difíceis as negociações entre os dois Estados com relação aos limites que passariam a vigorar. Grã-Bretanha intervém na contenda sustentando os direitos de Portugal. Na Convenção firmada a 28 de agosto desse ano, só ratificada por Luiz XVIII e João VI em 1818, ficou estipulado que a entrega seria feita até o rio Oiapoque, cuja embocadura está situada entre 4° e 5° de latitude setentrional...

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