A religião dos tupinambás e suas relações com as das demais tribos tupi-guaranis

autoridade, ao estudo das populações primitivas da Bolívia, destacando-se, nesse particular, o seu exaustivo trabalho a respeito dos chiriguanos e dos uro-chipaias. Isso sem falar nos resultados de sua missão às ilhas da Páscoa e do Havaí. Todas essas contribuições foram publicadas ora em francês, ora em castelhano, inglês e até mesmo em línguas escandinavas, nas melhores revistas especializadas do mundo (a Revue d'ethnographie et des traditions populaires, de Paris; o Journal de la Société des Americanistes de Paris; o Anthropos, de St. Gabriel-Mödling; a Revista del Instituto de Etnologia de la Universidad Nacional de Tucumán; a Encyclopédie Française, ao tempo da direção de Lucien Febvre).

Métraux nasceu na Suíça; mas, atualmente, é naturalizado cidadão americano. Foi professor no célebre Museu do Trocadero, organizado pelo professor Paul Rivet. Fundou o Instituto de Antropologia de la Universidad Nacional de Tucumán (Argentina) e é membro da Smithsonian Institution de Washington.

Cumpre notar que a presente obra foi escrita quando o autor ainda estava em plena mocidade - aos 23 anos - reconhecendo ele a necessidade de alguns capítulos adicionais a respeito da estrutura social daqueles índios. Desde então (escreveu-me certa vez Métraux) "mes idées sur bien des choses ont changé du tout au tout".

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Os tupinambás eram, como se sabe, uma das mais importantes greis ou tribos primitivas do Brasil (secs. XVI e XVII). Aos tupinambás estavam filiados quase todos os povos aborígenes do litoral, - os tamoios do

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