Ouro Preto, o homem e a época

e mesmo o incriminam pelos sucessos de 15 de novembro de 1889. A razão está, não há dúvida, com Euclides da Cunha e Alvaro Lins: o advento da República se verificaria com ele ou sem ele à frente do Conselho de Ministros. Naqueles dias agitados, em que militares e civis se deram as mãos para derrubar a Monarquia, quem quer que estivesse no governo seria afastado, ou melhor, constrangido a ceder à nova ordem das concepções políticas.

O que se deve - isso sim, porque será um gesto de justiça - é louvar a atitude apolínea do eminente mineiro no instante em que se operara a metamorfose do regime governamental patrício.

Por assim entender, assim agi.

Resta-me agradecer, com particular desvanecimento, a colaboração que me prestaram: D. Maria Eugênia Celso, que elaborou o formoso depoimento que ilustra o último capítulo deste trabalho; Dr. Afonso Celso de Paula Lima, meu particular estimulador na realização deste estudo e que me pôs à disposição, e me doou depois, todas as obras do avô estremecido; Dr. Vilhena de Morais, que me franqueou o Arquivo Público Nacional, de que é competente diretor, e me ofereceu valiosas fotocópias documentais que enriquecem as páginas que se vão ler; Dr. Valentim F. Bouças, que por intermédio de seu assistente Dr. Aché Pillar teve a gentileza de ceder-me as cópias dos relatórios feitos por Afonso Celso, quando ministro da Fazenda; Dr. Julio de Barros, chefe do Arquivo da Faculdade de Direito de São Paulo, e D. Conceição Negrão, bibliotecária-chefe substituta dessa Academia, que me possibilitaram o conhecimento de toda a fase de estado de Ouro Preto nesse cenáculo do jurismo bandeirante; e o cientista e sábio Afrânio do Amaral, revisor constante de minha literatura histórica.

H. V.

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