Ouro Preto, o homem e a época

que lhe importava, isto sim, era a tranquilidade de sua consciência, era poder servir sem reservas e sem desfalecimentos à sua Pátria. E por esse amor todo especial e insuplantável, que o fizera voltar ao Brasil tão logo Deodoro revogou o decreto de seu banimento e desterro, foi que, em 1894, quando revoltada estava toda a Armada Nacional, escreveu o seu alentado estudo sobre A Marinha de Outrora, onde, sobre propiciar o retorno ao congraçamento de todas as patentes navais, pela evocação dos exemplos de disciplina e superioridade dos interesses da nacionalidade, dava eloquente desmentido aos que o faziam passar por inimigo de nossas forças armadas. Por esse amor elaborou ele o belo parecer sobre a liberdade de testar, destinado a figurar no livro didático do Dr. Américo Werneck, e, porque julgasse, ainda, que a República não estava satisfazendo ao espírito público, estimulou o movimento monarquista esboçado em São Paulo, em 95, com João Mendes de Almeida, Eduardo Prado, Antonio Ferreira de Castilhos, Bento Francisco de Paula e Souza, Augusto e Francisco de Souza Queiroz, Rafael Corrêa da Silva Sobrinho e outros, e, com João Alfredo, Andrade Figueira, Lafayette e seu irmão Carlos Afonso, firmou o manifesto A Nação Brasileira, publicado no Jornal do Comércio de 12 de janeiro de 96, apresentando-se como diretores do centro monarquista constituído em S. Paulo e então ramificado no Rio, ao mesmo tempo que explicavam as razões por que o seu partido se havia abstido até ali de tomar parte nas lutas políticas do país.

Nessa mesma época é que criaram o Libertador, sob a direção de Cândido de Oliveira e redigido por Carlos de Laet, general Cunha Matos, Luiz Bezamat, conselheiro Basson, o conde de Afonso Celso e outros, e logo depois a Liberdade, secundada imediatamente pela Gazeta da Tarde, de propriedade de Gentil de Castro, que era o

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