"(...) em vésperas da eleição municipal última que efetuou-se no Estado, em agosto do ano atrasado, se bem se recorda, o querelado, acompanhado de toda a Força Pública, de baioneta calada, foi proibir violentamente uma reunião de eleitores que devia efetuar-se em uma casa da Rua Número Um desta cidade, sendo certo que, interpelado pelo Juiz de Direito Doutor Otaviano Vieira, pelo fato ilegal que acabara de cometer, defendeu-se, arredando de si a responsabilidade do ato por ele praticado, e atirando sobre o Doutor Antônio Joaquim de Carvalho, de quem dizia ter recebido ordem para não consentir na reunião, devendo-se notar que o Doutor Carvalho não era autoridade e não exercia cargo algum nesta cidade, em virtude do qual pudesse dar ordens ao comandante do destacamento ou ao Delegado de Polícia (...)."
(Depoimento do Dr. Joaquim José Saraiva Júnior, referindo-se ao Tenente João Batista Soares — Queixa-crime de Chico Viola contra Soares, p.41 e verso.)
"(...) não precisavam erguer a mão contra ninguém que os patrões mesmos faziam a festa e que vieram só para fazer número... Um dos camaradas disse: Eu já estava cismado, por isso é que o patrão Joaquim Gabriel, como eu dissesse a ele que não tinha animal, me disse o mesmo que alugasse nem que fosse por cem ou 200 mil-réis... Que lembrou a seu irmão a religião de Jesus, que não se metesse em coisas tão sérias, mas que seu irmão estava muito influído a acompanhar o patrão e disse a ele... que o mesmo patrão o ameaçou de botar para fora todos e que perderiam as empreitadas de café (...)."
(Depoimento de Manuel Liberato, a respeito de palavras de seu irmão Joaquim Liberato da Costa — Processo-crime contra Teodoro de Carvalho, vol. I, p.28.)