Poder local na República Velha

Um deles, republicano histórico, cuja participação na vida pública só é assinalada após a mudança do regime. Era ele o "Coronel" António Joaquim de Carvalho. O outro, monarquista, de família tradicionalmente militante no Partido Conservador, tinha assinalado sua presença no cenário público da terra desde os idos de 70. Era o "Tenente-Coronel" Joaquim Duarte Pinto Ferraz, comandante do 85º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional."(24) Nota do Autor Já em 1873, era ele "major-ajudante-de-ordens" de seu cunhado, o "Coronel" José Pinto Ferraz, Comandante Superior da Guarda Nacional."(25) Nota do Autor Na mesma ocasião, figurava ao lado de seu irmão Luís Bernardo, no privilegiado rol dos "11 eleitores da freguesia".(26) Nota do Autor De 1877 a 1880, o "Tenente-Coronel" Joaquim ocupou a destacada posição de presidente da Câmara Municipal.

O "Tenente-Coronel" Joaquim Duarte Pinto Ferraz nascera em São Paulo, em 1837, casando-se em Porto Feliz em 1862, mudando-se para Araraquara em 1869, onde já se encontrava, desde 1860, estabelecido com fazenda de café, seu irmão Luís Bernardo Pinto Ferraz. Os Pinto Ferraz faziam parte do grupo pioneiro que se estabelecera no município para a formação de fazendas de café, no terceiro quartel do século XIX. Entre os Pinto Ferraz eram muito frequentes os casamentos com parentes. Não obstante, uma sobrinha do "Tenente-Coronel", filha de seu irmão Luís Bernardo, era casada com o Dr. Américo Francklin de Meneses Dória, médico estreitamente ligado ao "Coronel" Antônio Joaquim de Carvalho, e outra, casada com o "Major" Dario Alves de Carvalho, filho do referido "Coronel" que era o chefe governista em Araraquara, após a República.

No Império, a família Pinto Ferraz havia demonstrado notável coesão política, cerrando fileiras no Partido Conservador. Em 1886, o "comendador" José Pinto Ferraz, casado com D. Mafalda,

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