o já citado Paranhos Montenegro, outros a partir de períodos bem mais recentes, Orlando Carvalho, Agenor Miranda, Barbosa Lima Sobrinho, Apolonia Sales, Geraldo Rocha, Jorge Zarur, João Domas Filho, Manieta Lopes de Souza, Cavalcante Proença, visando a Bahia ou terras vizinhas, numa variedade de abordagens impressionante de geógrafos, historiadores, economistas, homens de letras, demógrafos e curiosos da realidade sugestiva e atraente. Esses autores contribuem, cada um a seu modo, para a compreensão e o sentimento de um dos tratos mais singulares de todo o país. Em tempos próximos surgiram novas obras, ou foram lembradas algumas de tempo mais recuado, sobre aspectos diferentes da vasta área, sobre a língua, a música, o folclore, a literatura, o povo, a terra, o rio, inspiradas novamente a cronistas, a romancistas, a poetas, a investigadores, o Pe. Heitor Araújo, Edilberto Trigueiros, Ruy Santos, Fernando Sales, Oswaldo de Souza. No belo livro que há pouco dedicou ao celebrado rio, ilustrado com expressivas fotografias e gravuras, São Francisco, Rio da Unidade (2.° ed., 1978), Fernando Sales comenta e avalia muitas daquelas e outras que versam ou aludem ao São Francisco, especialmente como peças literárias: citem-se João Salomé de Queiroz com pioneiro romance de 1871, Martins de Oliveira, Prado Ribeiro, Raul Alves, Cardoso de Oliveira, Xavier Marques, Amélia Rodrigues, Lauro Palhano, Lúcio Cardoso, D. Guanaes Pereira, A. J. Figueiredo, Armindo Pereira, Guimarães Rosa, Osório Alves de Castro, Nestor Duarte, Rachel de Queiroz, Accioly Lopes, Santana Padilha, Santos Moraes. E a ajuntar, Edyla Mangabeira Unger. E mais que tantos, o magnífico Castro Alves. Esse copioso, inesgotável elenco, cresceria com o que se tem escrito sobre cidades, localidades, vultos humanos, daqui e dali, às cabeceiras, às margens, na proximidade ou em paragens tributárias.
Em 1950-51, sob o patrocínio da Superintendência do Vale, Donald Pierson levou a cabo larga pesquisa sociológica, abrangendo toda a bacia do grande rio, desde Minas a Alagoas, com a colaboração de alunos e colaboradores seus na Universidade de São Paulo, entre os quais Cândido Procópio F. Camargo, Fernando Altenfelder Silva, Esdras Borges, Alfonso Trujillo Ferrari, Alceu Maynard Araújo, Levi Cruz, alguns de cujos estudos se publicaram separados. Deste extraordinário empreendimento resultou a obra, em três volumes, O Homem no Vale do São Francisco, sintetizando analiticamente, em 1972, a visão global da sociedade e da cultura no meio e em sua economia. Essa pesquisa é contemporânea da que Anísio Teixeira, como secretário