A consciência didática no pensamento pedagógico de Rui Barbosa

Tal exegese de um aspecto, ainda pouco conhecido, da obra intelectual de uma personalidade notável da vida nacional tenta representar um esforço de esclarecimento de mais um traço da evolução das ideias no Brasil, com suas singularidades e vicissitudes, principalmente porque tentaremos considerar Rui, como o quer San Tiago Dantas, uma figura de "estadista do progresso"(2) Nota do Autor, e não o retórico por excelência, o homem do "artesanato de dizer", o "poliglota espantoso", o "homem dominado pelos clássicos, isto é, por aqueles que admitem uma classificação homogênea por haverem repetido as mesmas formas", que o ensaísta Wilson Martins(3) Nota do Autor aponta como causa de um jansenismo político e jurídico nele. Não cometeremos o erro de outras gerações que, por ignorância ou desconhecimento, não souberam compreender, na verdade, a sua vida, a sua atuação política, a "sua categoria de defensor do homem"(4) Nota do Autor.

Tentaremos compreendê-lo na intimidade da construção de seus ideais pedagógicos e como estes, por sua vez, constituíram um guia antecipador para a ação que, entretanto, não se concretizou, da mesma forma que, mais tarde, como ministro da Fazenda do governo provisório, lutará em vão para dar base econômica e financeira à República(5) Nota do Autor.

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