dos vencidos da revolta de Custódio de Melo. Exilado em Londres, colabora no Jornal do Comércio com as "Cartas de Inglaterra" (1896) e sua primeira carta é em defesa do Cap. Dreyfus, perseguido na França. Em 1902, abre-se a polêmica com o gramático Carneiro Ribeiro, seu antigo mestre, a propósito do projeto de Código Civil de Clóvis Bevilacqua. Foi defensor do governo de Rodrigues Alves, da revolta que o atingia sob o pretexto da campanha contra a vacina obrigatória (1904). Foi chefe da delegação brasileira na Segunda Conferência de Paz, em Haia (1907), onde defendeu a tese da igualdade das nações. Foi candidato três vezes, em 1909, 1914 e 1919, à presidência da República, quando empreendeu a campanha civilista contra a candidatura militar de Hermes da Fonseca. Em 1921, escreveu "Oração aos Moços". Atacado de paralisia bulbar, morreu em Petrópolis, a 28 de fevereiro de 1923.
Dele diria o crítico Tristão de Ataíde, respondendo o que teria sido a vida real de Rui Barbosa: "Uma luta contínua, uma contínua polêmica. Uma participação incessante nos acontecimentos. Foi um engagé integral (...) Agitador de esquerda, a princípio, de direita, em seguida; liberal na monarquia, conservador na República; homem de gabinete de madrugada e de tribuna à tarde. Sempre pendular, sempre apaixonado, sempre na arena, mas sempre em movimento, atacando e defendendo". ("O Lutador", artigo publicado na Folha de São Paulo, a 25 de março de 1968.)