deixando este país que tanto amei e amo ainda. Prefiro descer do trono com honra, a reinar aviltado... O meu filho tem sobre mim a vantagem de ter nascido no Brasil".
Depois vem aquela cena comovedora, quando Ele e D. Amélia vão ao quarto dos príncipes adormecidos para lhes dizer o último adeus.
Um criado suspende o candelabro à altura dos pequeninos rostos. D. Pedro, que sempre foi o mais afetuoso dos pais, longamente contempla as suas filhinhas D. Januária, D. Paula, D. Francisca. Beija-lhes os cabelos! Depois, longamente contempla o seu filho, já àquela hora, 2° Imperador do Brasil! Tanto melhor, balbucia D. Pedro; ele terá as qualidades de equilíbrio que me faltavam para governar o meu povo.
D. Amélia, dominada por intensa comoção, desata do pescoço a cruz de brilhantes, primeiro presente de D. Pedro em terra brasileira; beija a cruz e esconde-a debaixo do travesseiro do principezinho, como recordação daquela que lhe tinha querido servir de mãe, e que o deixava duas vezes órfão aos cinco anos.
Ao partir do Brasil, onde ela encontrou o amor e a felicidade que Dom Pedro tão bem lhe soube dar, o seu coração sensível sofreu em deixar órfãos os filhos daquele que ela tanto amou, e apareceram na imprensa estas páginas comovedoras(1)Nota do Autor:
A deoses
da
Imperatriz Amélia
ao
Menino Imperador
adormecido
Adeos, menino querido, delicias da minha alma, alegria dos meus olhos, Filhinho que meu coração tinha adoptado! Adeos, para sempre! adeos!