O quanto és formozo n'este teu repouso. Meus olhos chorosos não se podem fartar de te contemplar! A Magestade de huma Coroa, a debilidade da infância, a innocencia dos Anjos cingem tua engraçadissima fronte de hum resplendor mysterioso, que fascina a mente.
Eis o expectaculo mais tocante que a terra póde offerecer. Quanta grandeza, quanta fraqueza a humanidade encerra representadas por huma criança! huma corôa, e hum brinco hum trono e um berço!
A purpura ainda não serve senão para estôfo, e aquele que comanda exercitos e rege hum Imperio carece de todos os desvelos de huma mãi.
Ah! querido menino, se eu fosse tua verdadeira mãe, se minhas entranhas te tivessem concebido, nenhum poder valeria para me separar de ti! nenhuma força te arrancaria dos meus braços. Prostrada aos pés daqueles mesmos que abandonarão meu espozo, eu lhes diria entre lagrimas! não vedes mais a mim a Imperatriz, mas huma mãe desesperada. Permitti que eu vigie o vosso thesouro. Vós o quereis seguro e bem tratado; e quem o haverá de guardar, e cuidar com maior devoção? Se não posso ficar a título de mãe, eu serei sua criada; ou sua escrava!
Mas tu, Anjo de innocencia, e de formozura, não me pertences senão pelo amor que dediquei a teu Augusto Pai. Hum dever Sagrado me obriga a accompanhal-o no seu exilo, a travez os mares, as terras estranhas! Adeos pois, para sempre! adeos!
Mães Brasileiras: Vós que sois meigas, e afagadoras dos vossos filhinhos a pár das rolas dos vossos bosques, e dos beija-flores das campinas floridas, suppri minhas vezes; adoptai o Orfão-Coroado, e dai-lhe todas hum lugar na vossa familia, e no vosso coração.
Ornai o seu leito com as folhas do argusto Constitucional! embalsamai-o com as mais ricas flores da vossa eterna