Outros, porém, mais afortunados na educação ou de maior talento, alcançaram significativo nível de preparo. A partir dos meados do século XVIII, alguns até mesmo se mostraram, em conhecimentos e capacidade, superiores aos profissionais imigrados que os antecederam.
1.4
Nos primeiros anos da mineração, a arquitetura se apresentou precária, de paus roliços e cobertura vegetal. Tão logo, porém, se consolidaram os assentamentos humanos, e especialmente a partir de 1730, foi ela ganhando em solidez e vulto. Apareceram as estruturas moduladas de madeira trabalhada e as coberturas de telhas semicilíndricas, cerâmicas, que já em 1713 se produziam em Mariana.
A taipa de pilão, largamente difundida no litoral brasileiro e com a qual se ergueram construções monumentais como as Matrizes de Catas Altas do Mato Dentro ou do Arraial do Ouro Preto, não aprovou na região de difícil topografia e clima úmido. Foi a pedra, em formações ferruginosas, primeiro, e quartzíticas, depois, que enobreceu as obras de maior importância. O Palácio dos Governadores em Vila Rica,(*) Nota do Autor iniciado em 1735 sob risco do Sargento-mor Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim e construído por Manuel Francisco Lisboa, é apontado como o primeiro edifício da região a utilizar o quartzito, "sendo preciso o braço forte do governo para o descortino eficaz das jazidas e abertura das carreiras", conforme registrou Diogo de Vasconcelos.(1) Nota do Autor O mesmo Palácio parece ter sido o primeiro a adotar vergas curvas na área, logo após Alpoim as ter introduzido no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro.
Na mesma década de 1730, duas importantes construções regionais incorporaram soluções curvilíneas: a Matriz de N. Sa. da Conceição de Catas Altas do Mato Dentro e a de N. Sa. do Pilar de Vila Rica. O projeto da primeira, pouco anterior a 1738 e atribuído a Manuel Fernandes Pontes (Barcelos, Portugal), (2) Nota do Autor incluiu coberturas bulbosas nas torres e arcadas no nártex. A segunda