História de um engenho do Recôncavo. Motoim – Novo Caboto – Freguesia; 1552-1944

providência que Vossa Majestade mandou dar da saída dos açúcares". (28 de abril de 1727 - (despacho real) - 21 janeiro 1727 (a consulta ou parecer) - Docs. Hist., vol. 94, p. 16).

Preços: A respeito da fixação dos preços dos açúcares, os oficiais da Câmara do Rio de Janeiro fizeram petição ao rei, e essa petição foi ao Conselho Ultramarino, e na consulta de 4 de março de 1752 se lê "que a taxa dos açúcares se fizera a favor dos senhores dos engenhos". Os açúcares só podiam ter saída, ser vendidos - "a extração deste gênero e saída para fora do reino" - "só se podia conseguir por meio de um preço moderado e tal que faça com que o açúcar da América Portuguesa saia na Europa pelo mesmo preço dos das colônias inglesas e francesas". E um dos conselheiros opinava ser servida S. Majestade em "ordenar que as fábricas dos açúcares sejam também reguladas como as das outras nações que por esta razão têm maior extração que a do Brasil, sendo-lhe muito inferior, porém os escravos lhe custam muito menos pelo bom regulado que têm o seu comércio e não necessitam de tão grande número deles nas sobreditas fábricas, nem de tanta lenha como se gasta nas do Brasil, e por isso vendem os seus açúcares tão acomodados, em grande prejuízo do nosso que lhe é muito superior, e se fosse fabricado com menos despesa teria tanta saída como antigamente" (Docs. Hist., vol. 94, pp. 220 e 222).

Produção: Num documento de elogio a Pedro Cadena de Vilhassanti, apresentado ao Conselho de Fazenda em Lisboa por pessoa experimentada em todo o Estado do Brasil, "e recém-vindo a esta Corte, da Cidade da Bahia, há um mês" se diz que desde 1627 "havendo muitos açúcares" os dízimos deles não chegavam a 50 mil cruzados como "neste ano de 636". Nos anos favoráveis davam 45 mil cruzados. Relação Diária do Cerco da Bahia de 1638 por Pedro Cadena de Vilhassanti, p. 103.

"Da terra do Brasil se pode sacar cada ano 60 mil caixas de açúcar, as quais repartidas um terço em brancos, um terço em mascavados e um terço em panelas, cada caixa de 500 libras, comprados os brancos a 26 2/3, os mascavados a 139 (?) - (9?) e 1/3 e as panelas a 6 2/3 Rs. como de ordinário valem lá, e vendidos aqui os brancos a 120, os mascavados a 60 e as panelas a 30 Rs., tirados quatro ducados de cada caixa por fretes e gastos pequenos, importarão a ganância e proveito de cada ano - 1.766.666 2/2 ducados os sobreditos açúcares se hão de pagar no Brasil com mercâncias nas quais hão de ganhar (quando pouco) 30

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