metrópole de um grande império colonial. Recebia o Canadá e parte da Luisiana na América do Norte. Recebia as ilhas Dominique, São Vicente, Tobago, Grenada e Grenadines, nas Antilhas. Na África, a França lhe cedia o Senegal e, na índia, seu poderio se afirmava com a expulsão dos franceses. A Espanha lhe reconhecia a posse das Honduras.(6) Nota do Autor
Obrigados pelo Tratado de Paris, os espanhóis devolveram Sacramento a Portugal, conservando porém a posse do território uruguaio e do Rio Grande, até 1776, quando foi reconquistado pelos luso-brasileiros.(7) Nota do Autor
A Guerra dos Sete Anos, apesar de Portugal se ter envolvido nos últimos anos, sobrecarregou o Estado português, pelo inesperado da situação e pelo despreparo em enfrentá-la. Foi necessário um esforço gigantesco para reaparelhar um exército descuidado durante cinquenta anos, ao mesmo tempo que a frente platina exigia enormes recursos para barrar o avanço espanhol. O pós-guerra legava ao Estado português um orçamento profundamente afetado pelas despesas de guerra, agravado ainda mais pelas lutas no Sul do Brasil que se prolongaram até 1777.
Como nos períodos bélicos anteriores, no início da Guerra dos Sete Anos houve expansão do comércio colonial português e, igualmente, o pós-guerra trouxe a retração no mercado europeu que se refletiu na baixa dos preços e na diminuição do volume das exportações brasileiras.
O açúcar que em 1760 era cotado a 0,48 guilders a libra na Holanda, e a 108,1 xelins por libra na Inglaterra, já em 1767 baixara para 0,32 guilders e 88,4 xelins respectivamente. Da mesma forma, as exportações da Bahia que em 1763 atingiram a 23 mil caixas, três anos depois estavam reduzidas a 17 mil caixas de açúcar.
A baixa nos preços e nas exportações, observada em períodos anteriores, atingia sobretudo os produtos agrícolas e extrativos brasileiros. Mas esta perda era compensada pelo fluxo crescente da produção de ouro. Agora, porém, coincidindo com a depressão geral, verifica-se também a crise da produção aurífera brasileira.