contado, que custa muito a ajuntar-se no Brasil", bastava aos remetidos para Lisboa seguirem com um ou mais caixões de açúcar, que vendidos davam para as despesas. Ficamos por aí sabendo, ser escassa a moeda da colônia, e dizia ao mesmo tempo Brandônio, que a povoador algum do nordeste, "desamparado" que fosse, faltava no reino parentes ou amigos que o valessem na emergência, e deixassem de encaminhar a sua questão nas instâncias judiciárias lisboetas.
Mas não era só a Bahia que interferia nas administrações vizinhas; a própria Olinda projetava a sua ação absorvente sobre as vizinhas imediatas. Narra Brandônio como a Paraíba revertera ao régio patrimônio, em virtude das despesas que lhe causara por ocasião da luta contra os franceses, e da prosperidade superveniente, quando se desenvolveu a cultura das suas férteis várzeas perto do litoral. Davam-lhe o terceiro lugar no Brasil depois de Pernambuco e Bahia, progresso tão rápido que, "... no mesmo anno, me alembra", dizia Brandônio, "haver visto o sitio onde está situada a cidade agora cheia de casas de pedras e cal e tantos templos, (outrora) cobertos de mattos". O surto progressista era, no entanto, atalhado pelo poder de atração de um centro econômico mais poderoso, demasiadamente próximo do paraibano. Os lavradores tinham liames em Olinda, onde estavam muitos dos seus parentes e relações de amizade e de comércio, e como o meio