abrir com grande custo cavidades na sua base para aí colocar brasas que lhe consumissem as raízes. Quando se haviam com um desses gigantes que são o orgulho das matas americanas, procuravam à sua roda onde estavam os troncos menores, e orientavam a queda do maior para que ceifasse os vizinhos no desabar. O recurso na opinião de Herbert Baldus, é peculiar de índios agricultores, ora, a maioria dos tupis com que os antigos viajantes e cronistas privaram, estava nas mesmas condições apresentando os usos da zona florestal. Os nossos contemporâneos tapirapés, de língua e alguns costumes semelhantes aos dos antigos possuidores do litoral, não dispõem outros meios, no preparo do terreno que pretendem lavrar.
Para se conseguir fogo esfregava-se nas tribos dois pedacinhos de pau, que segundo Nieuhoff, eram tirados das árvores Karaguata Guacu e imbaíba. Davam os mesmos resultados que os isqueiros dos europeus e eram bem mais fáceis de se obter. A primeira dessas espécies "é uma árvore de admirável natureza, o seu tronco cresce até 14 ou 15 pés de altura e quando adulto cobre-se no alto de flores amarelas e de abundantes grossas e grandes folhas. Do tronco os indígenas extraem as ligaduras com que dependuram os seus leitos, e das folhas preparam fibras para redes de pescar, além do oleoso licor que possuem cujas propriedades permitem usá-lo como se fosse sabão". Conseguido o fogo e derrubadas as